domingo, 10 de maio de 2009

Edema cerebral


Quando há edema o cérebro aumenta de volume e é comprimido contra a superfície interna da calota craniana, que é lisa. Isto leva a aplanamento dos giros e apagamento dos sulcos, que são o melhor meio para diagnosticar edema cerebral na macroscopia. As causas de edema são as mais variadas, como infartos, hemorragias, infecções e tumores. Na foto à E, o intenso edema, acompanhado por hemorragia subaracnóidea, foi causado por trauma de crâneo.


O diagnóstico de edema cerebral na microscopia é mais difícil. Aqui temos um caso extremo. A fig. da E. é de substância branca normal corada por HE. Na fig. da D., também corada por HE, observa-se um corte de substância branca nas proximidades de uma neoplasia, que pode causar intenso edema cerebral. O tecido tem textura mais frouxa pelo acúmulo de água e, à E, nota-se um lago de plasma extravasado, com aspecto róseo e homogêneo.



A hérnia de uncus ocorre quando um aumento de volume do andar supratentorial, uni- ou bilateral, força o cérebro para baixo através da incisura da tenda do cerebelo. A herniação causa um sulco deixado pela borda livre da tenda, e pode comprimir o mesencéfalo.

As hemorragias de Duret ocorrem na linha média do tronco cerebral, principalmente do mesencéfalo e ponte, por compressão látero-lateral do tronco por uma hérnia de uncus. A deformação leva a um estiramento ântero-posterior de pequenos vasos que penetram pela substância perfurada posterior (entre os pedúnculos cerebrais) com ruptura dos mesmos. Hemorragias de Duret são fatais por lesar centros vitais do tronco cerebral.




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